sábado, 25 de junho de 2011

Theaterapia: Um caminho para a integralização da Energia Feminina

por Tamaris Fontanella
(págs 9 a 11)

Nossas raízes culturais estão impregnadas de uma visão distorcida da sexualidade na qual a prática da repressão é ainda o comportamento usual para as mulheres e para os homens.

Ainda predomina na lei íntima o comportamento moral pressuposto numa lei exterior preservadora do poder masculino e posteriormente pela vertente cultural judaica cristã, mais acentuada para o contingente feminino.

Nós somos seres desamparados quando nos falta autoconhecimento e essa falta nos conduz a uma autotirania, uma direção na vida de desprazer e angústia. Essa condição de desamparo é causada principalmente pela ignorância no que diz respeito ao nosso corpo, que ao contrário do ego, deseja prazer e não poder.

Na correria de nosso dia a dia esquecemos que o prazer é a origem de todos os bons pensamentos e sentimentos. Quem não tem prazer corporal se torna rancoroso, frustrado e cheio de ódio. O prazer é a força criativa da vida, a única força capaz de se opor a destrutividade e a angústia de sermos fragmentadas.

A gravidades da maioria de nossos desequilíbrios e nossas tristezas estão diretamente relacionadas à perturbação de procuramos o prazer de forma errônea. De estarmos voltadas ao outro para satisfazer as nossas necessidades.

Nossa felicidade depende de estabelecermos uma capacidade de fazer contato com nós mesmas.

Em toda a pessoa existe uma mulher, uma mulher de muitas dimensões. Existe uma mulher relativa a partes físicas, que talvez expresse a energia feminina alimentando fisicamente, consolando, proporcionando emoção ou dando à luz. Existe uma expressão do feminino na parte mental, quando procuramos fundir idéias numa força criadora.

A fragmentação dessa força criadora promove uma distorção, um poder desvirtuante do arquétipo primal, afetando a energética natural do poder do sagrado feminino na civilização ocidental, suprimindo e menosprezando o feminino acabamos provocando danos a nossa saúde psíquica individual e coletiva.

Provocadas por uma contenção psico/social, conhecida como neuroses, que as pessoas criam para manterem-se íntegras, os mecanismos de resistência surgem como meio de evitar o que é desagradável, a fim de estabelecer e preservar um equilíbrio psíquico (ainda que muitas vezes neurótico) nos fazendo viver com medo do outro, do contato, da entrega, do amor, do prazer.

Meu trabalho designado de Theaterapia une os conceitos da teoria reichiana de pulsação energética, da expressão da bioenergética e do desenvolvimento corporal/psíquico com a terapia da mulher contemporânea, no campo de trabalho do resgate do sagrado feminino (concepção do feminino ancestral e do ecofeminismo), levando mulheres (por mim chamadas de Deusas) à conscientização corporal e emocional, proporcionando um reencontro com a essência da feminilidade no sentido de percepção, sensação e identificação da energia feminina.

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"Que as Deusas estejam sempre a tecer e os Deuses estejam ao lado do nosso caminhar"

 

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